O ex-ministro Sérgio Moro fez um breve pronunciamento nesta sexta, 1º, um dia após anunciar que não concorreria à presidência na eleição de 2022 e que trocaria de partido, saindo do Podemos para se juntar ao União Brasil. O ex-juiz repetiu que a decisão era em prol de uma união do “centro democrático” em torno de um candidato da terceira via, contra Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), e garantiu que não será candidato a deputado federal, possibilidade aventada por caciques do União Brasil em nota oficial na quinta, 31 de março.
“Para livrar o Brasil dos extremos, coloquei o meu nome à disposição do país. Não tenho obsessão por cargos; se tivesse, continuaria juiz federal ou ministro da Justiça. Não preciso de foro privilegiado ou outros privilégios que sempre repudiei e defendo a extinção. Aliás, não serei candidato a deputado federal”, começou Moro. Após ressaltar que sua ambição era um Brasil melhor, cobrou outras lideranças da chamada “terceira via” para que foquem em derrotar Lula e Bolsonaro. “Não pode, porém, ser um projeto individual. Precisamos, com urgência, da união do centro democrático contra os extremos. Meu movimento político exigiu desprendimento e humildade. Precisamos de outros atos de desprendimento: de Luiz Felipe D’Ávila, João Doria, Eduardo Leite, Simone Tebet, André Janones e lideranças partidárias para fazer prosperar essa articulação democrática”, pediu o ex-juiz.
Moro ainda mandou um recado aos apoiadores e pediu que continuem contra os dois candidatos mais bem colocados nas pesquisas. “Eu sei que muitos estão desapontados, e outros com medo de se insurgirem; devemos evitar, porém, a resignação. A vitória contra Lula e Bolsonaro depende da indignação de cada brasileiro de bem. Em meu novo partido, o União Brasil, serei um soldado da democracia. Vamos reforçar a luta pela defesa de nosso país. Tenho muita fé que nessa jornada seremos vitoriosos. A nossa luta está apenas começando e estou pronto para enfrentá-la. Jamais desistirei”, declarou.