Não há evidência de que mercado em Wuhan foi epicentro da pandemia, diz OMS

Missão entre a OMS e a China busca mapear a origem do coronavírus

A equipe de especialistas internacionais da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta terça-feira, 9, que não há evidências de que Wuhan, na China, tenha sido o epicentro da pandemia do coronavírus. Os representantes da missão entre a OMS e a China revelaram as descobertas após duas semanas de trabalho em campo mapeando a origem do vírus. De acordo com agências internacionais, o professor Liang Wannian, chefe do painel de especialistas em Covid-19 na Comissão Nacional de Saúde da China, disse que testes extensivos de amostras médicas e farmacêuticas determinaram que é “improvável que qualquer transmissão significativa estivesse ocorrendo em Wuhan entre outubro e dezembro”. Wannian se concentrou nas descobertas que apoiam a sugestão de que o vírus tenha circulado em outros lugares antes de chegar até a Wuhan, já que não há evidência da existência do vírus na cidade antes de dezembro de 2019.

A equipe trabalhou com quatro possibilidades sobre a introdução do coronavírus em humanos. Na coletiva, os especialistas descartaram a teoria de que o vírus vazou do laboratório em Wuhan. Segundo Peter Ben Embarek, chefe da missão da OMS, a teoria é “extremamente improvável”. Embarek disse que entrevistou funcionários e examinou os processos de auditoria de saúde quando visitaram o Instituto de Virologia de Wuhan. “É muito improvável que algo pudesse escapar daquele lugar”, afirmou. O trabalho para identificar as origens do coronavírus apontou para um “reservatório natural”. Uma das hipóteses é a da transmissão direta de um animal para um humano. Os especialistas afirmam que essa hipótese exigirá mais estudos e pesquisas mais específicas e direcionadas.


Fonte: Jovem Pan

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