Índia bate recorde ao registrar mais de 100 mil casos de Covid-19 em um dia

Apesar de ser a maior produtora mundial de vacinas, a Índia enfrenta o desafio de imunizar a segunda maior população do planeta

A Índia anunciou um recorde de infecções diárias pelo coronavírus nesta segunda-feira, 5, tornando-se o segundo país depois dos Estados Unidos a registrar mais de 100 mil novos casos de Covid-19 em um único dia. De acordo com a Universidade Johns Hopkins, foram 103.558 contaminações em todo o país, sendo 57.074 só no estado de Maharashtra, onde fica a populosa Mumbai. Os números indicam que as infecções diárias aumentaram 12 vezes desde fevereiro, quando as autoridades locais retiraram a maior parte das restrições e a população deixou de usar máscara e respeitar o distanciamento social. Ainda assim, as autoridades locais atribuem o agravamento da pandemia na Índia ao surgimento de cepas mais infecciosas do coronavírus. “A nova variante, ou variantes, provavelmente explica muito disto, em vez de uma explicação simplista de comportamento”, defendeu Rajib Dasgupta, chefe do Centro de Medicina Social e Saúde Comunitária da Universidade Jawaharlal Nehru de Nova Déli. Recentemente, o Ministério da Saúde divulgou os resultados de um estudo que indicaram a presença das cepas do Reino Unido, da África do Sul e do Brasil na Índia, além de uma variante com mutação dupla que ainda não tinha sido catalogada em nenhum lugar do mundo.

Com mais de 12,5 milhões de casos acumulados da doença, a Índia é o terceiro país do mundo com mais casos acumulados da doença, atrás apenas dos Estados Unidos e do Brasil. Porém, o país asiático mantém uma das menores taxas de letalidade do planeta: no mesmo dia em que mais de 100 mil novas infecções terem sido registradas, 478 pessoas morreram da doença, um número comparativamente baixo. A proporção é de 119 mortes a cada 1 milhão de habitantes, enquanto no Brasil são 1.551, de acordo com os consórcio de veículos de imprensa. Maior fabricante mundial de vacinas, a Índia também já aplicou 77 milhões de doses desde o início de sua campanha de vacinação contra a Covid-19 em meados de janeiro. Isso faz com que o país possua o terceiro maior número absoluto do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos (161 milhões) e para a China (133 milhões). No entanto, a taxa de vacinação per capita ainda é baixa no segundo país mais populoso do mundo: são 5,51 doses a cada 100 habitantes, atrás da média mundial que é de 8,33.


Fonte: Jovem Pan

Comentários