Depois de ser internado para tratar um câncer no começo de maio, o prefeito licenciado da cidade de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), morreu na manhã deste domingo, 16. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista desde o dia 2, quando deu entrada para tratar novos focos de câncer em um método que misturava quimioterapia e imunoterapia. Neste intervalo, o quadro de saúde se deteriorou e o prefeito não resistiu. Neto do ex-governador de São Paulo, Mário Covas (1930-2001), Bruno faz parte de uma das famílias mais tradicionais do PSDB, partido ao qual se filiou em 1998 e fez toda a carreira política. Nascido no dia 7 de abril de 1980, em Santos, ele estudou nos colégios Carmo e Lusíada, e se mudou para São Paulo em 1995, para estudar no Colégio Bandeirantes. Nesta época, teve a oportunidade de morar com o avô, de quem era bastante próximo.
Em 1998, mesmo ano em que entrou no PSDB, Bruno Covas ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), formando-se em 2002. Ele também é graduado em economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), onde estudou entre 1998 e 2005. “Ser neto de Mário Covas certamente me familiarizou, me fez gostar, conhecer a política. Desde cedo, deixei claro que era o caminho que seguiria. Foi um desejo, uma escolha pessoal”, escreveu o parlamentar em sua página no Linkedin. “Venho de uma família cujo maior patrimônio é o compromisso com a cidadania, com a integridade. Herdei de Mário Covas a crença inabalável de que é possível conciliar política e ética, política e honra e, finalmente, política e mudança. Sigo forte nesse caminho”, continuou. Entre 2004 e 2014, Covas foi casado com Karen Ichiba, mãe de seu filho Tomás Covas, de 15 anos, que acompanhava desde pequeno as campanhas eleitorais do pai.
Início da carreira política
Em 1999, um ano após sua filiação no PSDB, foi eleito o Primeiro Secretário da Juventude do partido. Em 2003, foi eleito presidente estadual e já foi também presidente nacional da Juventude Tucana, em 2007, permanecendo no cargo até 2011. O jovem disputou sua primeira eleição a um cargo no executivo em 2004, quando saiu como candidato a vice-prefeito de Santos, sua cidade natal, na chapa de seu colega de partido Raul Christiano. Entre 2005 e 2006 foi assessor da liderança dos governos de Geraldo Alckmin e Cláudio Lembo na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Sua primeira vitória em uma eleição aconteceu em 2006, quando foi escolhido deputado estadual por São Paulo com 122.312 votos, um dos maiores índices daquele pleito. Em seu mandato, foi presidente da Comissão de Finanças e Orçamento entre 2007 e 2008 e relator do Orçamento do Estado entre 2009 e 2010. Integrou as Comissões de Direitos Humanos e de Defesa dos Direitos do Consumidor, sendo também presidente da Frente Parlamentar de Apoio à Comunidade Luso-Brasileira e Coordenador da Frente DST-Aids. Além disso, foi relator de 180 projetos de lei, incluindo o da Nota Fiscal Paulista.
Fonte: Jovem Pan