No ‘Dia Mundial de Combate à Meningite’, especialista reforça importância da vacinação

A meningite é considerada uma doença endêmica e precisa ser controlada por meio da vacinação

Este sábado, 24 de abril, é o Dia Mundial da Meningite. A data é importante para lembrar a importância da vacinação contra a doença, que pode ser fatal em quase metade dos casos. Em 11 de setembro de 2009, Pedro Pimenta, então com 18 anos, começou a passar mal. Sentia dor nos braços e nas pernas, febre e ânsia de vômito. Levado a um hospital, ele foi diagnosticado com uma meningite bacteriana. Em estado grave e com menos de 1% de chance de sobreviver, Pedro ficou quase seis meses internado e teve os dois braços e as duas pernas amputadas. Mesmo assim, ele se considera uma pessoa de sorte. “Eu conheci muitas famílias que não tiveram a mesma sorte de contar com a dádiva da segunda vida e, infelizmente, perderam filhos, irmãos, pais, mães, avôs e netos”, diz.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de um milhão de casos e 130 mil mortes ocorrem no mundo a cada ano por causa da meningite. No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica. Ou seja, se não for controlada, ela pode virar um surto. A boa notícia é que já existem vacinas contra a doença. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o imunizante ACWY, que protege contra quatro sorotipos de meningite bacteriana, que é a mais grave. Também há a vacina contra o sorotipo B, mas que só está disponível na rede privada. A médica infectologista Lessandra Michelin ressalta a importância da prevenção contra a doença. “As sequelas podem ser alteração de comportamento, cognitivas, a pessoa pode ter problemas em membros também. Muitas crianças têm lesões graves que são específicas da meningite meningocócica e elas acabam tendo que amputar os membros”, explica.


Fonte: Jovem Pan

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