Uma corte de Tóquio, no Japão, sentenciou nesta segunda-feira, 19, dois norte-americanos que ajudaram Carlos Ghosn, ex-presidente do Conselho de Administração da Nissan Motor, a fugir da prisão em 2019. Michael Taylor e Peter Taylor foram presos em maio de 2020 nos Estados Unidos por suspeita de terem ajudado Ghosn a fugir do Japão no período em que estava em liberdade sob fiança, em conexão com um caso de irregularidades financeiras. A dupla foi extraditada para o país asiático meses após a prisão e, diante de uma corte judicial, assumiu a culpa pelo crime e se desculpou às autoridades em junho de 2021. Eles são suspeitos de colocar o brasileiro dentro de uma caixa de instrumentos musicais e transportá-lo em um jatinho particular para o Líbano. O fugitivo teria pago US$ 1,3 milhão (equivalente a R$ 6,7 milhões) pelo trabalho e US$ 500 mil (cerca de R$ 2,6 milhões) para “custos legais”.
Michael Taylor foi condenado a dois anos de prisão e o filho dele, Peter, a 20 meses de detenção. A defesa da dupla alega que, como eles passaram 10 meses detidos, a pena de ambos deveria ser reduzida. A pena máxima no Japão para ajudar alguém a cometer um crime é de três anos de prisão. Ex-presidente da aliança Renault-Nissan, Ghosn foi preso em 2018 por violações financeiras no país asiático. Ele é acusado de deixar de declarar milhões em impostos que teria ganhado entre os anos de 2010 e 2015, além de se apropriar indevidamente de bens da empresa e causar prejuízos à montadora, e estava em prisão domiciliar quando fugiu. Como o Líbano não tem qualquer acordo de extradição com o país asiático, não há previsão para que Ghosn seja julgado.
Fonte: Jovem Pan