Em 35 anos, os centros urbanizados se expandiram de forma rápida e desordenada. Com isso, o número de favelas também aumentou nas principais cidade país. O levantamento foi feito a partir imagens via satélites captadas pelo projeto Mapbiomas. No ano 1985, o Brasil tinha 897 quilômetros de favelas em área urbanizadas. Em 2020, a extensão de áreas chegou a 1.843 quilômetros. É como se o Brasil tivesse quase nove territórios de Recife, capital de Pernambuco, preenchidos com comunidades carentes. A distribuição de renda está entre os principais fatores para o aumento desordenado de comunidades em todo o país. Muitas famílias migraram para as capitais em busca de melhor qualidade de vida e também de emprego, mas a maioria não encontrou o que esperava. Com isso, o jeito foi se adaptar à região ocupada, onde já havia pessoas com a mesma qualidade de vida. A pesquisa faz um alerta sobre os investimentos públicos em áreas carentes. O Estado do Amazonas lidera o percentual de crescimento de favelas. Segundo o Mapbiomas, a região cresceu 18,2% em áreas informais construídas e a informalidade também aumentou. Hoje, já ocupa 45% da área urbanizada. O Amapá tem 22% de construções irregulares. Duas cidades do Norte também apresentam péssimos indicadores: Belém, com 51% de sua área ocupada por favelas e Manaus 48%.
Fonte: Jovem Pan