O que está em jogo no apoio do MDB ao DEM na eleição para a presidência do Senado

Com o MDB rachado, Simone Tebet vai lançar candidatura avulsa

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) anunciará, às 16h desta quinta-feira, 28, sua candidatura avulsa à presidência do Senado. A decisão ocorreu após parte da bancada do MDB manifestar sua preferência ao senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que conta com o apoio do presidente Jair Bolsonaro e foi escolhido por Davi Alcolumbre (DEM-AP) para sucedê-lo. Nas negociações entre MDB e DEM, há, porém, um outro fator que explica porque Tebet foi preterida por alguns de seus correligionários: cargos na Mesa Diretora e controle de comissões importantes da Casa.

Segundo relatos feitos à Jovem Pan por senadores do MDB, foi oferecido ao partido a vice-presidência do Senado, a 2ª Secretaria e a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), posto que hoje é ocupado por Simone Tebet. As negociações têm sido conduzidas por Davi Alcolumbre, que vai se reunir nesta quinta-feira com o líder do partido, Eduardo Braga (MDB-AM), para tratar sobre o assunto. Ainda segundo parlamentares emedebistas, um dos cotados para assumir a vice-presidência é o senador Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo Bolsonaro no Congresso. A reportagem procurou Gomes, mas não obteve resposta até esta publicação.

À Jovem Pan, Braga afirmou que, apesar da decisão, Simone Tebet ainda conta com a maioria dos votos do MDB. “Simone tem maioria no MDB, mas creio que essa decisão de anunciar a candidatura avulsa a deixa em uma zona de conforto, porque manterá os votos que possui no partido e os senadores que não querem votar nela vão poder adotar o outro caminho sem problemas”. Questionado sobre a definição dos postos oferecidos à sigla, o senador disse apenas que vai discutir o assunto com Alcolumbre. “Não há nada definido por enquanto. Haverá uma reunião com o senador Davi, mas nada certo”, resumiu.


Fonte: Jovem Pan

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