O que os senadores pensam sobre a pressão de Ricardo Barros para depor à CPI da Covid-19

Oitiva de Barros estava inicialmente marcada para a quinta-feira, 8, mas foi adiada por tempo indeterminado

Desde que a CPI da Covid-19 adiou o depoimento do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), o líder do governo na Câmara dos Deputados tem pressionado para ser ouvido pelos senadores. Segundo o deputado Luis Miranda (DEM-DF), que depôs à comissão no dia 25 de maio, ao relatar pressões anormais pela liberação da importação da vacina Covaxin em encontro no Palácio da Alvorada no dia 20 de março, o presidente Jair Bolsonaro teria citado Barros como “dono do rolo” envolvendo a aquisição das doses. A oitiva do parlamentar ocorreria nesta quinta-feira, 8, mas ela foi adiada por tempo indeterminado. Neste domingo, 4, em publicação nas redes sociais, ele chegou a dizer que a CPI não poderia “sequestrar” a sua honra. Para integrantes da comissão ouvidos pela Jovem Pan, o Palácio do Planalto quer “estancar a sangria” e interferir nos trabalhos do colegiado.

Na avaliação de quatro senadores ouvidos reservadamente pela reportagem, aliados do presidente Jair Bolsonaro querem apresentar suas versões sobre a compra da Covaxin para aplacar as críticas que tem sido feitas em relação às eventuais irregularidades que ocorreram no Ministério da Saúde durante a crise sanitária mais grave da história do país. Em razão do depoimento de Luis Miranda e da denúncia de pedido de propina apresentada pelo cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti, que se apresentou como representante da Davati Medical Supply, as manifestações contra o governo federal, inicialmente previstas para o fim do mês de julho, foram antecipadas e ocorreram neste final de semana.


Fonte: Jovem Pan

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