Meses após ter registrado o primeiro caso de febre amarela na Venezuela após 14 anos livre da doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quinta-feira, 14, que detectou um surto de febre amarela no país latino. Até o momento, segundo o órgão, sete casos foram confirmados ainda no fim de setembro a partir de testes de laboratório, em pessoas que não estariam vacinadas contra a doença. Diante do risco de uma crise sanitária, em um país que já tem o sistema de saúde fragilizado pela pandemia da Covid-19, a organização indicou que o mais urgente é aumentar a cobertura vacinal entre a população, particularmente nas regiões amazônicas, devido a exposição aos mosquitos que transmitem a febre amarela.
Além disso, a agência recomendou que a imunização dos povos indígenas, imigrantes e vulneráveis que vivem em áreas urbanas densamente povoadas seja intensificada, já que eles estão mais propensos à picada do mosquito Aedes agyepti. “Os casos reportados de febre amarela mostram a importância de vacina contra a febre, especialmente, em zonas endêmicas de alto risco, com ecossistemas favoráveis à transmissão”, indicou a OMS em comunicado. Além disso, a agência recomendou que todos os viajantes com mais de nove meses de idade se imunizem pelo menos dez dias antes da chegada à Venezuela. O imunizante contra a doença está na lista de medicamentos efetivos e seguros elaborada pela Organização Mundial da Saúde e garante, com uma dose e proteção para toda a vida.
Contudo, a agência indicou que não recomenda nenhuma restrição de viagem ou de comércio com a Venezuela com base nas informações obtidas até o momento. Três dos sete doentes diagnosticados estavam assintomáticos e outras quatro pessoas tiveram sintomas como dor de cabeça, dor nos olhos, irritação na pele e dores nas articulações. Até o momento, nenhuma morte foi registrada. A estimativa do governo local é de que o local de infecção seja um município rural do estado de Monagas, na região noroeste do país. A área tem uma baixa taxa de vacinação contra a doença, o que é sinalizado como alto risco de contágio.
Fonte: Jovem Pan