A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou, nesta terça-feira, 28, o primeiro plano global para acabar com as epidemias de meningite bacteriana até 2030. A estratégia tem como objetivo reduzir os casos pela metade e diminuir em 70% as mortes pela doença. O foco da entidade e parceiros está em ampliar o acesso à vacina, melhorar o diagnóstico da meningite e os cuidados dos sobreviventes. Segundo cálculos da OMS, será possível salvar a vida de 200 mil pessoas anualmente e reduzir as sequelas, que atingem 1 a cada 5 sobreviventes. A meningite é uma infecção em membranas que protegem o cérebro e a medula espinhal, comumente causada por vírus ou bactérias transmitidos por gotículas de saliva. Crianças de 6 meses a 1 ano estão mais vulneráveis à contaminação já que o sistema imunológico ainda está em formação, mas a doença pode atingir pessoas de todas as idades.
Segundo a organização, 250 mil pessoas morrem anualmente por causa da doença, cuja vacina está disponível desde 1970. O diretor-Executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, Mike Ryan, ressalta que muito do conhecimento aplicado durante a pandemia de Covid-19 veio de especialistas que trabalham na linha de frente de surtos de meningite. No Brasil, desde 2018 foram confirmados 366 casos de meningite tipo C. Apenas em 2019, a cobertura vacinal foi de 87,4%. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece quatro vacinas contra os vírus e bactérias causadores da doença: a Meningo C, Pneumo 10 e Pentavalente – todas com 2 doses e aplicações de reforço – e a BGC, administrada assim que a criança nasce.
Fonte: Jovem Pan