Onda de calor gera temperaturas recordes no sul do Brasil, Argentina e Uruguai

Argentina vive onda de calor, que lotou praias e deixou sistema elétrico operando no limite

Uma onda de calor tem causado temperaturas acima da média para o começo do ano no sul do Brasil, além de Argentina e Uruguai. Uma massa de ar quente e seco, estacionada sobre a área, causou a situação, que pode reverberar em diversos problemas. Buenos Aires, capital da Argentina, registrou na terça, 11, temperatura de 41,1ºC, a quarta maior já registrada na história da cidade. No Rio Grande do Sul, Porto Alegre deve se aproximar dos 40º nos próximos dias, e atingir até 44º C no domingo, de acordo com previsão do serviço de meteorologia MetSul. A cidade de Uruguaiana, por exemplo, deve ter máximas entre 42º e 44º até a próxima segunda, 17, e até municípios da Serra Gaúcha, região mais fria do Estado, podem chegar e ultrapassar a marca dos 40º. O Instituto Nacional de Meteorologia (Imnet), órgão ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, emitiu um alerta de perigo pela onda de calor no Estado.

As temperaturas estão entre 10º e 15º acima do comum para esta época do ano, que já de bastante calor por ser verão. As altas temperaturas chegam até a 50º em algumas áreas da Argentina, e ficam entre 41º e 43º no Uruguai. Por ser uma onda de ar seco, ela prolonga a estiagem, que deixa 159 municípios gaúchos em estado de alerta desde novembro e causa prejuízos à agricultura da região, principalmente na produção de grãos, frutas, hortigranjeiros e leite. O sistema elétrico, já com problemas pela falta de chuvas, pode ser sobrecarregado com o maior uso de aparelhos de ar condicionado e levar a crises de abastecimento e blecautes, como o que ocorreu em Buenos Aires terça, quando 11 bairros e cerca de 700 mil pessoas ficaram sem luz. Por fim, incêndios florestais podem começar com mais facilidade, como o que destruiu 37 mil hectares nas regiões de Paysandú e Río Negro, no Uruguai, nos primeiros dias de 2022. Em relação à saúde individual, a Defesa Civil dos locais afetados recomenda que a população evite sair no sol sem protetor solar, se mantenha hidratada e procure permanecer em espaços ventilados.

 


Fonte: Jovem Pan

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