Open banking é a etapa mais recente da evolução do sistema financeiro do Brasil. É uma inovação que está modernizando e simplificando a comunicação entre as instituições financeiras, por meio da integração de plataformas e infraestruturas de tecnologia dos bancos e empresas de serviços financeiros. O Reino Unido foi o pioneiro a adotar, estabelecendo esse regime regulatório em 2018. Além disso, mercados em países como Coreia do Sul e Singapura trazem práticas de open banking, ainda que não haja por lá legislação específica para isso.
No Brasil, o Banco Central lidera a implementação com o objetivo de aumentar a eficiência do sistema financeiro, mediante a promoção de um ambiente de negócio mais inclusivo e competitivo, sem colocar em risco a segurança e proteção dos consumidores. O Banco Safra iniciou em junho a sua campanha de pré-cadastro para a segunda fase do open banking, que começará a valer no dia 13 de agosto, conforme cronograma do BC (clique AQUI e veja como fazer o pré-cadastro). Mas o que é o open banking na prática? Como irá funcionar? É realmente seguro? Confira a seguir as respostas para essas e muitas outras perguntas.
O que é open banking?
É um conjunto de regras criado para facilitar e modernizar a comunicação entre instituições financeiras. Com o open banking, a portabilidade dos dados bancários vai ser facilitada e o cliente poderá escolher quais instituições financeiras terão acesso aos seus dados. Na prática, essa inovação vai permitir que os dados pertençam ao cliente, não ao banco no qual possui conta. Desse modo, quando quiser investir, realizar um empréstimo, financiar um imóvel ou contratar qualquer outro serviço, ele poderá compartilhar seus dados com diferentes instituições e escolher a que oferecer condições mais atrativas.
O que significa open banking?
Open banking pode ser traduzido como sistema bancário aberto. Na prática, isso quer dizer que este modelo foi pensado para modernizar o sistema financeiro e torná-lo mais competitivo, ampliando as opções dos consumidores.
Quais são as vantagens?
O Banco Central espera que o Open Banking traga muitas vantagens para os cidadãos e o sistema financeiro. Algumas das principais são:
- Aumento da competitividade: Quando um cliente quiser adquirir um novo produto ou serviço, ele poderá pedir cotações para quantas instituições financeiras desejar e escolher a que apresentar melhores condições.
- Melhores ofertas e maior personalização: Com mais empresas tendo acesso ao histórico do cliente, o nível de personalização e de qualidade das ofertas apresentadas também deverá subir.
- Fomento à inovação: O Banco Central espera que o open banking incentive a inovação nas instituições financeiras, que devem adotar modelos de negócio mais ágeis e focados na experiência do cliente.
- Educação financeira: Outra vantagem dessa novidade é que, no pen Banking, um cliente que possui conta em mais de um banco ou que tem conta em um banco e empréstimo em outro, por exemplo, poderá ver mais facilmente todas as suas informações em um único local, melhorando o controle de gastos e investimentos.
Quem pode aderir?
Toda pessoa física ou jurídica com conta aberta em alguma instituição financeira participante pode aderir ao open banking. Não se preocupe: os principais bancos do país fazem parte da lista de participantes obrigatórios no open banking, divulgada pelo Banco Central.
Open banking é seguro?
Apesar de ser uma grande novidade no Brasil, o open banking já existe e funciona bem em vários países pelo mundo, como Austrália e quase toda a Europa. Por aqui, será regulado pelo Banco Central e contará com múltiplas verificações de segurança, como:
- Apenas instituições financeiras reguladas pelo BC poderão participar
- As empresas serão obrigadas a criar uma interface padronizada para enviar e receber os dados dos clientes, as APIs, tornando o processo de transmissão de dados mais seguro.
- Além das APIs, outras camadas de segurança digital (como a criptografia) também serão utilizadas, buscando impedir o vazamento de dados dos clientes.
- A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), criada para garantir a segurança dos dados da população, serviu como base para a construção do open banking. Com isso, todas as empresas participantes precisam segui-la, além de garantir que o cliente tenha total controle sobre o gerenciamento dos dados compartilhados.
- O BC pode aplicar diversas penalidades às empresas que não cumprirem as regras, como pagamento de multas ou até medidas mais graves.
Como funciona?
Serão compartilhados apenas os dados cadastrais (aqueles usados para abrir conta em um banco, como CPF, telefone e endereço), transacionais (como renda, movimentações da conta corrente e cartões de crédito) e os serviços que o cliente já tem contratados, como empréstimos. Os dados são compartilhados apenas com as instituições que o cliente autorizar e por até 12 meses. É importante reforçar que os dados pertencem ao cliente, que pode solicitar a revogação do compartilhamento a qualquer momento.
Posso cancelar o acesso aos dados?
Se você autorizou que múltiplos bancos e instituições financeiras tenham acesso aos seus dados na hora de fazer cotações para um empréstimo, por exemplo, e, após contratar o serviço, deseja revogar esse acesso, é fácil: entre em contato com a instituição responsável por enviar seus dados ou as instituições que os receberam e solicite o cancelamento.
Como compartilhar dados?
Segundo o cronograma definido pelo Banco Central, a partir de 13 de agosto passa a valer o compartilhamento de suas informações cadastrais, transações das suas contas, cartões de crédito e produtos de crédito contratados. Porém, quando esta data chegar, o compartilhamento dos dados não será automático. As instituições precisam da sua autorização.
Quem pode ver meus dados?
Um dos princípios fundamentais do open banking é o consentimento do cliente. Ou seja, nenhum dado será compartilhado caso o cliente não solicite previamente e nenhuma instituição poderá negar o compartilhamento dos dados após solicitação. Na prática, isso quer dizer que os dados ficam disponíveis apenas para a empresa que o cliente já possui conta e para as empresas em que ele solicitar o compartilhamento dos dados. É importante reforçar que esse compartilhamento fica disponível por até 12 meses e que ele pode ser cancelado a qualquer momento.
É pago ou gratuito?
Gratuito. O Banco Central proíbe que qualquer instituição financeira cobre taxas dos clientes para a utilização do open banking.
Quais são as etapas do open banking?
Por representar uma mudança relevante no mercado financeiro, o Banco Central optou por dividir o open banking em fases, facilitando sua implantação. A primeira fase começou em fevereiro e foi destinada somente aos bancos e instituições financeiras. Abaixo, veja as próximas, que já irão impactar os consumidores:
- Segunda fase: A partir de 13 de agosto, as instituições financeiras poderão começar a compartilhar os dados dos clientes, sempre com a autorização prévia. Nesse momento, serão compartilhados apenas os dados cadastrais e transacionais.
- Terceira fase: Com início em 30 de agosto, as instituições ficarão aptas a enviar propostas de operação de crédito e também de pagamentos. Com isso, o cliente vai ganhar novas opções e maior acesso ao sistema financeiro, podendo contratar ofertas de crédito também pelo open banking.
- Quarta fase: A partir de 15 de dezembro, o regime começa a valer também outros produtos e serviços, como câmbio, investimentos, seguros e previdência.
Vantagens do open banking com o Safra
“Acreditamos que para oferecer soluções personalizadas, não basta ter acesso aos seus dados, é preciso ter experiência em atendimento exclusivo e soluções sob medida”, assegura o Safra. “E é isso que fazemos há mais de 175 anos, com os clientes mais exigentes pelo mundo todo.”
Fonte: Jovem Pan