O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, que tem trabalhado para que seja retomado o diálogo com representantes dos Três Poderes, deve se reunir com governadores na próxima semana. Eles estão pedindo que seja agendado um encontro entre as principais autoridades do país, com objetivo de buscar alternativas para resolver os conflitos institucionais. O senador, que recebeu os governadores de Minas Gerais e do Espírito Santo, disse que ainda não conversou sobre o assunto com o presidente da República. “Acredito muito que o presidente Jair Bolsonaro também vai pretender esse encontro, porque é muito importante o encontro de todos os poderes para buscar pacificar, achar os pontos de consenso e resolver as nossas divergências para bem do Brasil.”
Ainda sobre a crise entre os poderes, a cúpula da CPI da Covid-19 esteve nesta terça-feira, 24, no Supremo Tribunal Federal (STF) para prestar solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes, alvo de constantes ataques de Bolsonaro e de um pedido de impeachment. O vice-presidente da comissão explicou que, além de demonstrar apoio, o colegiado deixou claro que a ajuda do magistrado. “Iremos requerer o compartilhamento dos dados existentes no inquérito das fake news que tenham relação com a CPI”, disse. Segundo os senadores, o ministro já teria se comprometido a compartilhar as informações. Um dos motivos da briga de Jair Bolsonaro com Alexandre de Moraes é a inclusão do presidente como investigado no inquérito Por isso, o chefe do Executivo não esconde a pressa que tem para que seja analisada a indicação do ex-ministro André Mendonça para vaga na Suprema Corte.
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, nesta terça, a indicação de Augusto Aras para mais um mandato na Procuradoria-Geral da República, mas ainda resiste em marcar a sabatina de Mendonça. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, disse, no entanto, não cabe a ele questionar os motivos para a demora na sabatina. “Na democracia temos que respeitar a autonomia das instituições, o papel de cada uma. A CCJ é uma instituição que tem sua autonomia, seu regramento e obviamente cabe ao presidente essas decisões”, afirmou, ressaltando que a arguição deve acontecer “no momento apropriado”.
Fonte: Jovem Pan