Sem votos suficientes, o governo Bolsonaro vem tentando de todas as formas uma aprovação da PEC dos Precatórios antes do recesso parlamentar. Essa é a única medida do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para aumentar o Auxílio Brasil para R$ 400. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) sabe que a proposta é prioridade, mas não vê uma necessidade de aprovação relâmpago, como quer o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ao participar de uma convenção na Federação do Comércio do Paraná, Pacheco voltou a chamar a atenção do governo e também da Instituição Fiscal Independente do Senado (IFI), que vai analisar a redação da PEC na Comissão de Constituição e Justiça. “A equação não é simples. Quando eu vejo a IFI, Instituição Fiscal Independente, que é do Senado Federal, fazer as críticas, eu respeito todas elas, mas também não apresentam solução, não. Como é que a gente paga precatório dentro do teto de gasto com espaço fiscal para Bolsa Família? Eu quero uma resposta que seja convincente nisso, porque até agora eu não tive”, indagou Pacheco. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado vai analisar como o governo federal criou um espaço fiscal para viabilizar o Auxílio Brasil.
Enquanto a PEC é analisada, Pacheco não vê tanta urgência para colocar a PEC em votação. Por isso, diante de empresários e investidores, o presidente do Senado voltou a pedir mais união e menos crise. “No Brasil do futuro, nós temos que pensar em quatro coisas que são fundamentais, que eu tenho insistido em dizer no Brasil que são fundamentais, nós precisamos de união nacional, essa união que possa encontrar convergência e respeitar a divergência, não é concordar com tudo, não, mas nós temos que ter um ambiente de união, porque essa desunião vai matar o Brasil, nós temos que nos unir pra preparar o Brasil para as crises, sanitária ou econômica, nós temos que nos unir para preparar o Brasil para as crises”, afirmou.
Fonte: Jovem Pan