Palmeiras x Santos: Como finalistas da Libertadores 2020 vivem pressão no Paulistão 

Rony durante a final da Libertadores entre Palmeiras e Santos

Palmeiras e Santos fizeram a final da Copa Libertadores da América 2020 há pouco mais de três meses, no dia 30 de janeiro deste ano, no Maracanã, no Rio de Janeiro. O Verdão, que já havia despachado o todo poderoso River Plate da competição e feito a melhor campanha na fase de grupos do torneio, acabou sendo campeão com um gol no “apagar das luzes” de Breno Lopes. O Peixe, por sua vez, ficou com o vice, mas teve uma trajetória louvável ao eliminar grandes times do continente no caminho, como LDU (EQU), Grêmio e Boca Juniors. O reencontro dos rivais, no entanto, não acontece em um momento agradável dos times no Campeonato Paulista. O clássico marcado para começar às 21 horas (de Brasília) desta quinta-feira, 6, no Allianz Parque, será para definir quem ganhará uma sobrevida no Estadual.

Restando duas rodadas para o término da primeira fase do Paulistão, Palmeiras e Santos estão na terceira posição de suas respectivas chaves, ou seja, fora da zona de classificação para as quartas de final. Atual campeão, o Verdão soma 15 pontos no Grupo C, atrás de Novorizontino (18) e RB Bragantino (22). Desta forma, o conjunto palmeirense precisa vencer o clássico para chegar à ultima rodada, no próximo domingo, com alguma chance. Já o Alvinegro praiano tem apenas 10 pontos no Grupo D, atrás de Guarani (14), que já entrou em campo na rodada, e Mirassol (17). Assim, um empate diante do Verdão determinará a eliminação da equipe da Baixada Santista na noite de hoje – isto porque o Peixe até poderia alcançar o Bugre na rodada final, mas perderia no número de vitórias, o primeiro critério de desempate. Mas, afinal, como os dois times chegaram nesta situação?

Vencedor da última edição, o Palmeiras começou o Paulista como forte candidato ao título. O problema é que o time de Abel Ferreira vive uma extensa maratona desde a temporada passada, quando viajou ao Catar para disputar o Mundial de Clubes após o término do Brasileirão. Na sequência, a equipe retornou para enfrentar o Grêmio na Copa do Brasil, torneio no qual saiu campeão e faturou a tríplice coroa. Com a Recopa Sul-Americana e a Supercopa do Brasil pela frente, além do começo da Libertadores 2021, o treinador português preferiu poupar os seus principais jogadores no Estadual, usando a competição como um laboratório. Os reservas, entretanto, não corresponderam e acabaram perdendo pontos preciosos, como nas derrotas para Mirassol e Inter de Limeira, além do empate com o Botafogo de Ribeirão Preto.

O Santos, por outro lado, passou por uma série de mudanças desde a final da Libertadores. O treinador Cuca, extremamente elogiado por seu trabalho, deixou o clube. Para a sua vaga, a diretoria santista apostou em Ariel Holan, técnico conhecido por ser estudioso e por ter uma proposta de jogo ofensiva. O argentino até conseguiu fazer com que o Peixe avançasse nas primeiras fases da Libertadores, eliminando Deportivo Lara (VEN) e San Lorenzo (ARG), mas acumulou resultado negativos no Paulistão. Criticado em seu início de trabalho e até ameaçado por alguns torcedores mais raivosos, ele preferiu pedir demissão do cargo – Marcelo Fernandes está assumindo interinamente. Em campo, o time também é muito diferente daquele vice-campeão da Libertadores. Lucas Veríssimo, Pituca e Soteldo, por exemplo, deixaram a Vila Belmiro. Já Marinho, sensação do Peixe em 2020, contraiu a Covid-19 no começo da temporada e até voltou aos gramados, mas sem apresentar as boas atuações de outrora.


Fonte: Jovem Pan

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