Alçado ao posto de ministro-chefe da Casa Civil, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) assume a principal pasta do governo com as missões de melhorar a articulação política da gestão Bolsonaro e destensionar as relações com o Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente nacional do Progressistas, expoente do Centrão, também chega ao primeiro escalão ministerial no momento em que a CPI da Covid-19 avança contra o Palácio do Planalto, que também conta com a aprovação do advogado-geral da União, André Mendonça, indicado à Suprema Corte para a vaga do ministro Marco Aurélio Mello. No entanto, para aliados do presidente da República, o maior desafio do parlamentar será o de “moderar o tom” do chefe do Executivo federal.
Como a Jovem Pan mostrou, lideranças governistas afirmam que a ida de Ciro Nogueira para a Casa Civil “fortalece a sensibilidade para a agenda política e o olhar para o Parlamento”. “A nomeação fortalece a sensibilidade para a agenda política e o olhar para o Parlamento. Ciro empresta qualidade, leitura política maior, dá sustentação política”, diz o senador Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso. A avaliação é endossada por parlamentares do PP, correligionários de Nogueira, ouvidos pela reportagem. Para estes congressistas, o general Luiz Eduardo Ramos, que ocupava a pasta antes da reforma ministerial, não tinha “jogo de cintura” e, em razão disso, acumulou desgastes, sobretudo, no período em que comandou a Secretaria de Governo (Segov), responsável pela articulação política. “Agora o governo entrega a política para um político profissional”, resumiu, sob reserva, um integrante do Centrão.
Fonte: Jovem Pan