O governo do Paraguai anunciou nesta terça-feira, 12, que será criado em breve um comando que contará com policiais do país e do Brasil para intensificar a luta contra o crime organizado na fronteira, após os assassinatos de quatro pessoas no lado paraguaio no último sábado, uma delas filha do governador do departamento de Amambay. O ministro do Interior do Paraguai, Arnaldo Giuzzio, disse em entrevista coletiva que a parceria, debatida há meses com a Polícia Federal brasileira, se concentrará na região de fronteira entre Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, e Pedro Juan Caballero, a cidade paraguaia onde foram cometidas as quatro execuções. A formação e logística deste comando não foram reveladas por Giuzzio na entrevista. “Estamos visando um plano de alcance imediato” e “propostas para estabelecer estratégias com maior duração”, disse o ministro.
“Na realidade, hoje o problema do crime organizado transnacional se coloca na fronteira. E o efeito rebote já estamos vendo no interior de nosso país”, acrescentou. Entre outras hipóteses, a polícia paraguaia está trabalhando na possibilidade de que os assassinatos ocorridos no último sábado em Pedro Juan Caballero, capital de Amambay, tenham sido cometidos por traficantes de drogas. O ataque matou um homem paraguaio, Omar Vicente Álvarez Grance, de 32 anos, apontado pelas autoridades locais como o verdadeiro alvo dos criminosos, e outras três pessoas, entre elas Haylee Carolina Acevedo Yunis, de 21 anos, filha do governador de Amambay. Segundo a polícia local, as vítimas foram alvejadas após saírem de uma casa noturna no início da manhã.
*Com informações da EFE