Uma união entre partidos de esquerda e até mesmo políticos que pertenciam à base aliada do governo, deve render um novo pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. O texto deve apontar ao menos 20 crimes contra a lei de responsabilidade que teriam sido cometidos pelo mandatário, ganhando o apelido de “superpedido”. A ideia começou em abril, quando os opositores do governo planejaram unir todos os pedidos de impeachment que já foram protocolado na Câmara dos Deputados. Atualmente, há 121 deles. Assim, o superpedido toma forma, tendo como integrantes presidentes do PSOL, PT, PCdoB, PSB, Rede, Unidade Popular (UP), PV e o Cidadania. Ex-apoiadores do presidente, como os deputados Alexandre Frota (PSDB) e Joice Hasselmann, que está para sair do PSL, também engrossam a lista.
A ideia é mostrar que o pedido é supraideológico e, com isso, ganhar força para que o presidente da Câmara, Arthur Lira, analise o texto para dar, ou não, sequência aos pedidos. No entanto, atualmente o deputado federal é aliado de Bolsonaro. O grupo elencou 21 crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente República. Dentre eles, ameaças ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os partidos também elencaram o apoio e participação de Bolsonaro em manifestações antidemocráticas, além de omissões e falhas na condução do combate à pandemia da Covid-19. Os principais líderes devem se reunir ainda esta semana para a conclusão do documento.
Fonte: Jovem Pan