Junto a uma comitiva formada por apoiadores e ministros, o presidente Jair Bolsonaro visitou nesta quarta-feira, 24, o Acre, afetado nas últimas semanas por uma série de crises como o aumento da ocupação de leitos por causa da Covid-19, casos de dengue e transbordamento de rios devido a fortes chuvas. Na ocasião, o governo federal afirmou que faz tratativas com os Estados Unidos há seis meses em busca de doses da vacina da Pfizer, com uso definitivo aprovado nesta terça-feira, 23, no país, e da Janssem. As negociações, porém, não têm sido muito efetivas, o que deve gerar o debate para flexibilização de leis. “Essas negociações implicam em discussões das cláusulas exigidas. Nós temos sido muito duros e eles têm sido mais duros do que a gente. Não afrouxam uma vírgula. Levamos o problema ao governo, o governo está tratando isso junto ao Congresso e está se discutindo a possibilidade de termos flexibilização de lei para isso. É um alto nível de discussão, nível governo e Congresso Nacional, cabendo a mim cumprir o que vier”, afirmou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
O representante da pasta afirmou, ainda, que em caso de uma autorização clara por parte do governo federal e do Congresso, as vacinas serão compradas e um cronograma de entrega que já está pronto será cumprido. Bolsonaro complementou a fala do ministro com a reiteração da afirmação de que os Estados Unidos incluíram cláusulas como a não responsabilização do laboratório por possíveis efeitos colaterais do imunizante. “É uma coisa de extrema responsabilidade de quem por ventura no Brasil tiver que dar a palavra final, se sou eu como presidente, se é o parlamento derrubando um possível veto ou se é o Supremo Tribunal Federal. Todas as cláusulas serão mostradas à população para que na ponta da linha cada um saiba o que está sendo aplicado”, afirmou. Pazuello disse que o Brasil está “avançado” com a imunização e lembrou do trabalho importante da Fiocruz e do Instituto Butantan no país para respaldar a vacinação.
Fonte: Jovem Pan