Pazuello prevê 60 dias para certificar qualquer vacina contra a Covid-19

Eduardo Pazuello

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou, em reunião virtual com os governadores que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve demorar cerca de 60 dias para certificar qualquer vacina contra a Covid-19. “Como os senhores sabem, eu prefiro falar menos e trabalhar mais. As coisas estão acontecendo. Quando nós tivermos tudo registrado e comprovado, vamos avaliar a demanda daquele elemento para adquirir. Vamos levar isso ao Palácio [do Planalto], a todos os órgãos, e vamos adquirir. É muito importante que sejam seguidos todos os passos. Estamos observando a tentativa de acelerar, o que é muito justo. É justificável, até. Mas, quando se fala de saúde, não podemos abrir mão de eficácia, segurança, responsabilidade. Porque nós responderemos pelos nossos atos. [A vacina] Tem que estar totalmente calculada e calibrada”, disse Pazuello, respondendo a um questionamento do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), sobre a intenção da pasta em adquirir 46 milhões doses da CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

Em um momento de tensão do encontro virtual, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que anunciou, nesta segunda-feira, 7, o cronograma da primeira fase de vacinação no estado, cobrou de Pazuello a inclusão da CoronaVac no plano nacional de imunização. “Como os senhores sabem, eu prefiro falar menos e trabalhar mais. As coisas estão acontecendo. Quando nós tivermos tudo registrado e comprovado, vamos avaliar a demanda daquele elemento para adquirir. Vamos levar isso ao Palácio, a todos os órgãos, e vamos adquirir. É muito importante que se sigam todos os passos. Estamos observando a tentativa de acelerar, o que é muito justo. É justificável, até. Mas, quando se fala de saúde, não podemos abrir mão de eficácia, segurança, responsabilidade. Porque nós responderemos pelos nossos atos. Ela tem que estar totalmente calculada e calibrada.

“As vacinas do consórcio Covax Facility não foram aprovadas pela Anvisa. O Ministério da Saúde anunciou um investimento, junto à AstraZeneca, de 1,284 bilhões e já fez o pagamento desse valor pela vacina da AstraZeneca, que igualmente não foi aprovada pela Anvisa. A vacina do CoronaVac não teve nenhum investimento do governo federal. O que difere, ministro, a condição e a sua gestão como ministro de privilegiar duas vacinas em detrimento de outra vacina? É uma razão de ordem ideológica, política ou de falta de interesse de disponibilizar mais vacinas? Por que excluir a CoronaVac, já o procedimento que ela está adotando é exatamente igual ao do consórcio Covax e da AstraZeneca?”, questionou Doria.


Fonte: Jovem Pan

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