Em meio à crise interna que atingiu o partido, o PDT mudou de posição e definiu o voto contrário à PEC dos Precatórios no segundo turno, que deve ocorrer nesta terça-feira, 9, na Câmara dos Deputados. Na primeira votação, a sigla foi a única entre as legendas de oposição a orientar o voto “sim”, o que, na prática, garantiu a vitória do governo Bolsonaro. A proposta foi aprovada com 312 votos, quatro a mais do que o necessário. Dos 24 pedetistas, 15 foram a favor do texto, que adia o pagamento das dívidas da União reconhecidas pela Justiça, altera a regra do teto de gastos e abre espaço fiscal que viabiliza o Auxílio Brasil. O posicionamento majoritário causou um efeito imediato: o ex-ministro Ciro Gomes suspendeu sua pré-candidatura à Presidência da República.
A mudança de posição foi acertada na noite desta segunda-feira, 8, após uma reunião entre os 15 parlamentares que foram a favor da proposta e lideranças da sigla. O anúncio foi feito pelo líder do PDT na Câmara, Wolney Queiroz (PE), em seu perfil no Twitter. “Hoje à noite, por maioria, decidimos mudar a posição da bancada na votação em segundo turno da PEC 23. A decisão se deu em nome da preservação da nossa unidade partidária”, escreveu. Apesar da sinalização, a Jovem Pan apurou que uma ala da sigla não seguirá a orientação. Trata-se do grupo de parlamentares que estão de saída do partido. Entre eles, estão Alex Santana (BA), Flávio Nogueira (PI) e Marlon Santos (RS). O deputado gaúcho, inclusive, se ausentou na primeira votação.
Fonte: Jovem Pan