O cenário é devastação em Petrópolis, cidade do Rio de Janeiro, após as fortes chuvas que atingiram o município desde a última terça-feira, 15, que causou alagamentos, inundações. O temporal é considerado o mais intenso desde 1932 e causou queda de barrancos, alagamentos e inundações. Pelas ruas é possível ver o resultado da tragédia: fiações elétricas destruídas, ruas bloqueadas pela lama e muitas residências parcialmente ou totalmente destruídas. No entanto, mesmo com o cenário de guerra e riscos de novos deslizamentos, os moradores relutam em deixar suas casas. A preocupação é com a possibilidade de saqueadores invadam as casas em busca de bens que as famílias deixaram para trás, situação que já acontece no município. “Não sei se saio. Minha filha está surtando. Tenho para onde ir, mas e as minhas coisas? Diz que tem gente roubando. Vou deixar as minhas coisas? Uma vida inteira? Não sei o que fazer”, relata Eduarda.
Também vivendo na região de risco, Deise quer sair do local, mas não tem opções. “Quero que abra caminho para ir embora. Mas estou com problemas, duas crianças doentes, sem pai, sem destino. Se se puder sair, eu saio. Mas não tenho para onde ir”, relata. Outro morador, chamado Júnior, que saiu de Minas Gerais para morar em Petrópolis, conta que praticamente perdeu tudo. Com a ajuda dos vizinhos, ele tentou resgatar o que sobrou após ter sua casa destruída. “A gente está tirando o que dá para carregar. Sobrou pouca coisa e o prejuízo foi grande. É começar uma nova história”, disse. Nas últimas horas, voltou a chover no município fluminense e a previsão é de pancadas de chuva até o domingo, 19.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga