PF responde à CPI da Covid-19 sobre investigação da Covaxin

Emanuela Medrades, que depõe nesta terça-feira, foi ouvida pela PF na segunda-feira, 12

A Polícia Federal (PF) rebateu, nesta terça-feira, 13, as declarações dos integrantes da CPI da Covid-19 que questionaram a atuação da corporação no âmbito do inquérito que apura se houve crimes na compra da vacina Covaxin. No início da sessão de hoje, destinada ao depoimento de Emanuela Medrades, diretora técnica da Precisa Medicamentos, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), reclamou do fato de a PF ouvir testemunhas às vésperas da ida dessas pessoas ao Senado. “A depoente de hoje foi ontem [segunda] ouvida pela PF. Inexplicavelmente, o seu Maximiano se torna investigado um dia antes de vir depor e, inexplicavelmente, a nossa depoente de hoje é ouvida um dia antes de vir depor”, disse Aziz. “Não quero fazer qualquer tipo de pensamento de que há um movimento. Longe de mim falar isso da PF, mas é estranho para mim, como para muitos outros aqui. Como jabuti não sobe em árvore, nós não podemos entender como são feitas essas coisas”, acrescentou. A manifestação foi endossada pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL). “Nós estamos investigando a Precisa, especificamente o Maximiano. É ele o investigado, e não foi considerado investigado em função de decisão dessa CPI. Ele começou a ser investigado 4 meses depois dos fatos, pela PF, e essa decisão obrigou o STF a conceder o habeas corpus, dando direito a que ele calasse como investigado”, afirmou o emedebista.

A Polícia Federal afirma que “possui métodos e estratégias próprios de investigação, devidamente supervisionados pelo Poder Judiciário e reconhecidos nacional e internacionalmente”, acrescentando que “a produção de provas, sobretudo a oitiva de pessoas que possam contribuir para a elucidação dos fatos, não está atrelada a investigações em andamento sobre o caso”. “Sobre a investigação que apura a possível ocorrência de crimes referentes ao processo de compra da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde, a Polícia Federal esclarece: 1. A investigação atende às disposições constitucionais e legais, o que inclui o prazo regular para a sua conclusão; 2. A produção de provas, sobretudo a oitiva de pessoas que possam contribuir para a elucidação dos fatos, não está atrelada a outras investigações em andamento sobre o caso; 3. A PF possui métodos e estratégias próprios de investigação, devidamente supervisionados pelo Poder Judiciário e reconhecidos nacional e internacionalmente; 4. Instituição de Estado, a Polícia Federal trabalha de forma isenta e imparcial, em busca da verdade real dos fatos, sem perseguições ou proteções de qualquer natureza”, diz a íntegra da nota.


Fonte: Jovem Pan

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