A Pfizer divulgou nesta terça-feira, 13, os resultados finais do estudo com sua pílula antiviral contra a Covid-19. Segundo os dados, o medicamento apresentou eficácia de 89% para reduzir as hospitalizações e mortes pela doença em pacientes de alto risco. As informações da farmacêutica foram compartilhadas com a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, como parte das exigências para autorização emergencial do remédio. “Variantes emergentes de preocupação, como o Ômicron, exacerbaram a necessidade de opções de tratamento acessíveis para aqueles que contraem o vírus, e estamos confiantes de que, se autorizado ou aprovado, esse tratamento pode ser uma ferramenta para ajudar a conter a pandemia”, diz Albert Bourla, presidente do conselho e diretor executivo da farmacêutica.
Uma análise detalhada das informações mostra que para os pacientes que iniciaram tratamento, conhecido como Paxlovid, nos três primeiros dias de sintomas, a eficácia foi de 89%. Já para aqueles que iniciaram a medicação com cinco dias de sintomas, a eficácia é de 88% em comparação com o placebo, o que demonstra os resultados consistentes para redução significativa das hospitalizações e mortes pela Covid-19. Nenhuma morte foi identificada entre pessoas que receberam o antiviral, contra 12 óbitos registrados no grupo placebo. A Pfizer informa ainda que o remédio reduziu a carga viral em aproximadamente dez vezes, em relação ao placebo, e apresentou eventos adversos compatíveis entre os medicados e os não-medicados.
Com relação à eficácia frente às variantes de preocupação do coronavírus, o estudo da farmacêutica aponta atividade consistente do antiviral contra as cepas anteriormente indicadas, como a Alfa, Beta, Gama, Lambda e a Mu. Além disso, os resultados também mostram que o comprimido “inibiu potentemente a protease 3CL associada ao Ômicron em um ensaio bioquímico in vitro”, o que, segundo a Pfizer, indica o potencial para manter atividade antiviral contra a nova variante.
Fonte: Jovem Pan