Planalto comemora racha no G7 causado por detalhes do relatório final da CPI da Covid-19

Votação do texto final ocorrerá na terça-feira, 26

Os detalhes do relatório final da CPI da Covid-19, de autoria do senador Renan Calheiros (MDB-AL), geraram um mal-estar entre membros do G7, formado pelos sete senadores independentes e de oposição, mas também causaram repercussão no Palácio do Planalto, que comemorou o racha e viu na reação dos parlamentares do grupo majoritário um indicativo de que o emedebista “forçou a barra”. Segundo senadores governistas e auxiliares do presidente Jair Bolsonaro ouvidos pela Jovem Pan, propor o indiciamento do mandatário do país por muitos crimes dá ao procurador-geral da República, Augusto Aras, a quem cabe denunciar autoridades com prerrogativa de foro, a oportunidade de apontar fragilidades no parecer e não tomar nenhuma providência concreta. “Em muitos casos, menos é mais”, ironiza um assessor presidencial.

“Os próprios membros do G7 estão percebendo a fragilidade do relatório, eles mesmos consideram que crimes imputados não se sustentam. Eles mesmos estão percebendo que há mais jogo político do que compromisso com a verdade. Os arroubos do relator não passam nem mesmo, pelo crivo do G7, porque ele coloca como indiciado pessoas que sequer foram ouvidas pela CPI. Pessoas contra as quais não há evidência ou prova nenhuma”, disse à reportagem o senador Marcos Rogério (DEM-RO), integrante da tropa de choque governista na comissão. “Como vejo tudo isso? Uma investigação mal feita, contaminada por pré julgamentos o tempo todo por parte do relator e de membros do G7. Toda investigação séria exige serenidade e frieza no contato com as provas, o que não aconteceu nessa investigação”, acrescenta.


Fonte: Jovem Pan

Comentários