A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na madrugada do domingo, 25, um dos suspeitos de atear fogo na estátua do bandeirante Borba Gato, na região de Santo Amaro, zona sul da capital. No sábado, dia que manifestantes foram às ruas contra o governo Jair Bolsonaro, um grupo de 15 pessoas incendiou o monumento. A polícia não soube dizer se o grupo participaria do protesto marcado para as 15 horas, com concentração na Avenida Paulista. No entanto, o vilipêndio de monumentos que homenageiam símbolos escravagistas faz parte da ação de alguns grupos de esquerda. A estátua de Borba Gato já era visada desde o ano passado, quando o grupo Black Lives Matter, após a morte de George Floyd, começou a tombar estátuas de personalidades históricas consideradas racistas.
Neste domingo, a Polícia informou que, durante investigação, equipes do 11º Distrito Policial – Santo Amaro identificaram o motorista do caminhão que conduziu parte do grupo até local e transportou os pneus — e que a placa do veículo foi adulterada. As investigações prosseguem para identificar e localizar os demais autores. Com dez metros de altura, a estátua em homenagem ao bandeirante foi inaugurada em 1963. Nas redes sociais, militantes e ativistas de esquerda ou de movimentos identitário celebraram o ato contra a memória de Borba Gato. O incêndio foi contido e a estátua permanece de pé.