Por que o MDB será fundamental na votação da PEC dos Precatórios

Baleia Rossi é o presidente nacional do MDB

Em razão do placar apertado no primeiro turno de votação da PEC dos Precatórios, líderes do Palácio do Planalto monitoram de perto cada um dos votos e trabalham para evitar que a proposta seja enterrada nesta terça-feira, 9, o que representaria uma derrota do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Com a reversão de votos no PSB e no PDT, siglas de oposição, o principal foco de atuação das lideranças governistas passou a ser o MDB, partido representado por 34 deputados. Para ser aprovado, o texto precisa do apoio de 308 parlamentares.

No primeiro turno, o partido fechou questão contra a PEC, que adia o pagamento de dívidas da União reconhecidas pela Justiça, altera a regra do teto de gastos e viabiliza o Auxílio Brasil, que substituirá o Bolsa Família. “Calote não. Auxílio sim”, diz uma publicação feita no perfil oficial da sigla no Twitter. Mesmo assim, 10 deputados votaram a favor do texto. Outros 10 parlamentares não votaram. Neste grupo dos ausentes, o governo trabalha para conquistar cerca de cinco votos. A cúpula emedebista, porém, calcula que, no pior cenário, 12 ou 13 votos seriam favoráveis à proposta do governo. Como o Planalto estima ter 320 votos favoráveis à matéria, qualquer dissidência pode influenciar o resultado final.

Além da promessa de liberação de emendas, há outro instrumento de pressão. Na tarde desta terça-feira, 9, uma caravana de prefeitos chegou à Câmara dos Deputados. Nesta segunda-feira, 8, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou uma nota de apoio à PEC dos Precatórios. O MDB tem enorme capilaridade pelo país e comanda mais de 700 prefeituras, o maior número do país. O movimento intitulado “mobilização municipalista” conta com o apoio do governo. No Twitter, o líder do governo na Casa, Ricardo Barros (PP-PR), escreveu que mais de mil prefeitos apoiam a aprovaçao da proposta. Os municípios serão beneficiados com o texto, uma vez que poderão parcelar em até 240 meses as dívidas previdenciárias vencidas até o fim de outubro deste ano.


Fonte: Jovem Pan

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