O presidente da comissão que analisa a PEC do voto impresso, Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), encerrou subitamente a sessão desta sexta-feira, 16, e adiou para agosto a votação do relatório do deputado Filipe Barros (PSL-PR). Como a Jovem Pan mostrou, a reunião foi convocada após uma articulação capitaneada pelo deputado Hildo Rocha (MDB-MA), que afirma que não há tempo hábil para implantar a mudança do sistema eleitoral antes das eleições de 2022. Martins disse que Barros “manifestou o desejo de fazer modificações no texto”, uma de suas prerrogativas. A medida irritou parlamentares presentes, que classificaram a decisão como “molecagem” e chamaram Martins de “picareta”. Mais cedo, os deputados rejeitaram, por 22 votos a 12, um requerimento que pedia a retirada de pauta da proposta, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF).
Na mesma sessão, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), defendeu o adiamento da votação e saiu em defesa do chamado “voto impresso auditável”. “Essa é uma matéria importante, relevante. Hoje já estamos no encerramento dos trabalhos e é muito importante que possamos votar com mais tempo essa matéria. O governo quer manter e aprovar o voto impresso e auditável”, disse. Ele foi criticado por deputados. “De onde vai tirar dois bilhões, Ricardo? Deixa de ser irresponsável. Vai tirar da vacina?”, questionou um membro do colegiado. “Tira do Fundão”, acrescentou outro integrante. Como a reunião ocorre por videoconferência, não é possível identificar todos os oradores.
Fonte: Jovem Pan