O presidente da Pfizer, Albert Bourla, rejeitou nesta quinta-feira, 6, a proposta apoiada pelos Estados Unidos de suspender temporariamente as patentes das vacinas para Covid-19. Ele sugeriu, por outro lado, acelerar a produção nas fábricas já existentes. Em entrevista à agência de notícias France Presse, Bourla afirmou que a farmacêutica “não é nada” favorável ao apelo americano para suspender os mecanismos que protegem os imunizantes. Na quarta-feira, 5, o governo americano anunciou que apoiaria a quebra de patentes e recebeu imediatamente o apoio entusiasmado da Organização Mundial da Saúde.
Ontem, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que o bloco está “pronto para discutir” formas de garantir que as vacinas cheguem rapidamente a todos os cantos do mundo. Até agora, a União Europeia se manteve firme contra os apelos para a suspensão temporária de patentes para acelerar as campanhas de vacinação. Enquanto isso, a corrida para conseguir se vacinar continua. Em São Paulo, o primeiro dia em que a vacina da Pfizer começou a ser oferecida foi marcado por longas esperas. A Cristina chegou a ficar mais de quatro horas na fila em um centro de saúde da capital.
“Eu só acho um descaso você chegar 7h20 da manhã, são 11h15 e ainda tem 100 pessoas na frente. Isso é um descaso.” A situação do Paulo não foi diferente. “Se tivesse mais postos de vacinação e mais vacinas, as coisas seriam mais rápidas e mais práticas.” Enquanto a vacinação demora a avançar, o país continua registrando alta no número de casos e mortes pelo coronavírus. Com 73 mil novos diagnósticos nesta quinta, o Brasil já tem mais de 15 milhões de infectados. Em 24 horas, foram 2.550 novas mortes confirmadas — elevando o total de óbitos para 416.949. Mais de 13 milhões de brasileiros já se curaram da doença.
Fonte: Jovem Pan