Os jogadores brasileiros do Shakhtar e do Dínamo de Kiev conseguiram sair do hotel de Kiev, em meio ao conflito militar entre Ucrânia e Rússia, no último domingo, com ajuda do presidente da Uefa, Aleksander Ceferin. De acordo com o diretor clube de Donetsk, Darijo Srna, o líder da entidade que rege o futebol europeu foi fundamental para tirar os atletas do Brasil do cenário dramático. “Liguei para o senhor Ceferín e chorei por telefone. Não podia ver os jogadores e suas famílias indefesas e chorando. O que ele fez por nós foi sua maior vitória. É um grande homem e o maior embaixador do futebol. Os brasileiros e os italianos já estão em casa”, disse o ex-atleta, em entrevista ao jornal “Delo”.
Desesperados após a tropa militar russa invadir a Ucrânia, os atletas brasileiros juntaram suas famílias e se refugiaram em um hotel na capital ucraniana. Depois de muito apelo, os jogadores embarcaram em um trem em Kiev e desembarcaram na cidade de Chernivtsi, no oeste do país. De lá, rumaram para a Moldávia e ali se dividiram. Parte dos esportistas permaneceram no local e o resto partiu em direção à Romênia. “Quando escutei a primeira sirene, voltei automaticamente 25 ou 30 anos, para a guerra dos Bálcãs. Éramos umas 50 pessoas no hotel: todos os brasileiros com suas famílias, a comissão técnica de De Zerbi e três croatas. Exceto as embaixadas de Israel e Portugal, ninguém propôs nada de concreto. Os jogadores estavam desesperados e não sabiam o que fazer”, continuou o dirigente do Shakhtar.