Um oficial do Ministério do Interior do Afeganistão confirmou a agências internacionais na manhã deste domingo, 15, que o presidente do país, Ashraf Ghani, deixou o território nacional e se “refugiou” no Tajiquistão após as tropas do Talibã cercarem a cidade de Cabul. Segundo o jornal Al Jazeera, as forças talibãs e o governo negociam uma transferência de poder pacífica e os soldados insurgentes foram orientados a permitir que aqueles que quiserem deixar o país saiam pelas fronteiras sem resistência. Os temores de uma guerra civil causada por uma possível resistência do governo local começam a ser dissipados com a possibilidade da entrega da capital aos fundamentalistas. “Até que o processo de transição seja completo, a responsabilidade da segurança de Cabul está com o outro lado”, afirmou nas redes sociais um porta-voz do Talibã.
Apesar da confirmação por parte dos dois lados de que um confronto será evitado, barulhos esporádicos de tiros são ouvidos na cidade, que tem todas as suas saídas cercadas. Prevendo uma onda de migração daqueles que não querem ficar sob o comando dos fundamentalistas, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu ajuda internacional para manter a estabilidade do país e ajudar a controlar o fluxo da fronteira com o Irã. Dados preliminares estimam que mais de 400 pessoas tenham deixado o país até o momento. Reuniões do parlamento britânico e de membros das Nações Unidas com a Rússia, apoiadora das forças talibãs, estão convocadas para os próximos dias.
Fonte: Jovem Pan