Presidente do Corinthians vê técnicos do Brasil ‘ultrapassados’ e admite conversa com estrangeiros 

Duílio Monteiro Alves durante entrevista coletiva no Corinthians

Presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves segue em busca de um substituto para Sylvinho, demitido no dia 3 de fevereiro após derrota para o Santos, em plena Neo Química Arena, pela terceira rodada do Paulistão. A quase duas semanas analisando o mercado, o mandatário admitiu que conversou com treinadores estrangeiros durante o período – na visão do dirigente, os “gringos” estão à frente dos técnico brasileiros. “Nos últimos dois, três anos, a gente vem acompanhando. O Flamengo, com Jesus, o Abel, alguns outros, como o Sampaoli, que passou pelo Atlético-MG e pelo Santos. Então, comecei a me aprofundar mais nisso. Estudar um pouco mais, pesquisar, conversar com treinadores. Não agora, nesse momento, já de um tempo para cá, nesse último ano”, disse, em entrevista ao SporTV. “Os treinadores estrangeiros com quem eu conversei no último, trocando ideias gerais de futebol, me surpreenderam bastante. Eu não era um adepto, favorável, um entusiasta com treinador estrangeiro. Minha cabeça mudou realmente”, acrescentou.

Após ter Vagner Mancini e Sylvinho como treinadores nos últimos anos, Duílio Monteiro Alves deu a entender que o próximo técnico do Corinthians será um estrangeiro. Sem generalizar, o presidente do Alvinegro paulista disse que o Brasil está “ultrapassado” neste sentido. “Eu acho que a gente está um pouco ultrapassado, realmente. É lógico que a gente não pode generalizar, de forma alguma. Tem grandes profissionais, estudiosos. O Barbieri fazendo um grande trabalho no Bragantino, é um cara que acho um excelente treinador. O próprio Sylvinho, que hoje não está mais com a gente, mas é um cara, também, que está se preparando há muito tempo, com novos conceitos, novas formas de jogar. A gente não pode falar que tem muitos estudando e se preparando. Do que vi nos últimos anos no Corinthians, acho que a gente consegue ter treinadores com novos conceitos, conceitos melhores do que eu vi. Isso sem falar mal de uma classe toda, tem melhores presidentes lá fora, melhores jornalistas lá fora. Tem que ter humildade de reconhecer”, analisou.


Fonte: Jovem Pan

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