Pressão por cloroquina e demissão política: o que a CPI da Covid-19 quer ouvir de Nelson Teich

Depoimento estava marcado para a terça-feira, 4, mas foi adiado pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM)

A CPI da Covid-19 ouve, nesta quarta-feira, 5, o ex-ministro da Saúde Nelson Teich, que ocupou o cargo por apenas 29 dias. O depoimento do médico oncologista estava inicialmente marcado para às 14h desta terça-feira, 4, mas foi adiado após o ex-ministro Eduardo Pazuello pedir dispensa por ter tido contato com dois assessores infectados com o novo coronavírus. Luiz Henrique Mandetta foi o primeiro a depor, em uma oitiva de quase oito horas. Apesar do pequeno tempo em que esteve à frente da pasta, Teich será questionado se o presidente Jair Bolsonaro o pressionou para que o Ministério da Saúde passasse a recomendar o uso de cloroquina, remédio comprovadamente ineficaz no tratamento à doença. Além disso, querem esclarecer os motivos que o levaram a pedir demissão.

“É um depoimento de esclarecimento para que possamos entender os motivos que causaram a demissão dele. Porque ele não teve tempo de fazer nada, foi o ministro assombrado. Ele estava atônito à frente do ministério, queria sair, estava louco para sair. Ali não é a escola dele. Basta lembrar da fisionomia dele naquela reunião de abril de 2020, ouvindo o Ricardo Salles dizer que passaria a boiada. Um sujeito com o mínimo de educação levanta e sai, pede para sair”, disse à Jovem Pan o senador Otto Alencar (PSD-BA), um dos titulares da comissão.


Fonte: Jovem Pan

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