Primeira-dama do Haiti morre horas após ataque que vitimou marido; aeroporto e fronteiras são fechados

Martine Moise, de 47 anos, foi atingida por tiros no atentado que matou marido dela, presidente do Haiti

A esposa do presidente do Haiti, Martine Moise, de 47 anos, que foi ferida por tiros no atentado que matou o marido dela, Jovenel Moise, na madrugada desta quarta-feira, 7, teve a morte confirmada poucas horas após ser socorrida para um hospital de Porto Príncipe. O anúncio da morte do presidente, assassinado por um grupo armado dentro da casa oficial na qual morava desde que tomou posse, foi feito pelo primeiro-ministro do Haiti, Claude Joseph, em uma transmissão nacional. Ele considerou o caso como “uma barbárie”, mas afirmou que a segurança do país está sob controle. O ataque ocorre dois meses antes das eleições presidenciais convocadas para 26 de setembro. O atual presidente não poderia se candidatar à reeleição. Nos últimos meses, movimentos populares foram às ruas demandando a expulsão de Moise do poder e alegando que ele estava “governando por decretos” há mais de um ano.

Por causa do crime, o aeroporto internacional de Porto Príncipe foi fechado nesta quarta-feira. O fechamento foi confirmado a agências locais por fontes diplomáticas, mas não foi oficializado por qualquer órgão estatal até o momento. Sites de rastreamento de voos mostram que pelo menos duas companhias aéreas com rotas para a capital haitiana cancelaram voos e outras viagens regulares com destino a Porto Príncipe foram desviadas para destinos fora do Haiti. Além do fechamento do aeroporto, a fronteira terrestre do Haiti com a República Dominicana também foi fechada após o crime. Segundo informações da Agência EFE, o fechamento ocorre após ordem do presidente Luis Abinader e vale para as quatro passagens terrestres disponíveis entre os dois países. A vigilância na região foi reforçada pelo Corpo Especializado de Segurança Fronteiriça Terrestre.


Fonte: Jovem Pan

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