Primeiro-ministro do Peru, Héctor Valer anunciou que colocou seu cargo à disposição apenas quatro dias após assumir o posto. O motivo para a decisão tem relação com as fortes críticas recebidas da população depois das denúncias de que o parlamentar teria espancado sua filha e sua falecida esposa – o caso foi divulgado pela imprensa local na semana passada e tem como base relatórios policiais. “Aceito a derrota metralhado por jornais que pertencem a um grupo ligado à extrema direita do Peru que construiu uma imagem de agressor e violento”, disparou Valer, em entrevista coletiva.
Na última sexta-feira, o presidente do Peru, Pedro Castillo, já havia dito que faria mudanças entre os ministros, “tendo em conta a abertura em direção às forças políticas, acadêmicas e profissionais do país”. Apesar disso, o mandatário não detalhou as alterações que fará, nem quando acontecerão. Já Héctor Valer, advogado especializado em direito penal e também parlamentar, assumiu o cargo na última terça-feira, em substituição a Mirtha Vázquez, que renunciou um dia antes, após a demissão do ex-ministro do Interior, Avelino Guillén. As saídas obrigaram Castillo a formar um terceiro gabinete desde que assumiu a presidência, em 28 de julho do ano passado. Desde então, várias crises abalaram a administração, com direito a uma tentativa de destituição pela oposição.
Fonte: Jovem Pan