Segundo documentos judiciais apresentados nesta terça-feira, 15, o príncipe Andrew chegou a um acordo com Virginia Giuffre, mulher que o acusa de abuso sexual. O caso teria acontecido quando ela tinha apenas 17 anos e era alvo de tráfico sexual por parte do criminoso condenado Jeffrey Epstein. O acordo inclui uma quantia não revelada e o príncipe pretende fazer uma doação substancial para a instituição de caridade de Giuffre em apoio aos direitos das vítimas de abusos, revelaram os advogados envolvidos. Ainda segundo o documento, “o príncipe Andrew nunca teve a intenção de difamar o caráter da sra. Giuffre, e ele aceita que ela sofreu tanto como uma vítima estabelecida de abuso quanto como resultado de ataques públicos injustos”. Apesar do acordo assinado, o príncipe de 61 anos não foi acusado criminalmente e negou as acusações.
Relembre o caso
Em agosto de 2021, Virginia Giuffre processou o Andrew por danos não especificados, alegando que foi vítima de tráfico sexual nas mãos de Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell. As acusações começaram a aparecer em 2019, mas o processo só veio no ano passado. Giuffre afirma ter feito sexo com Andrew quando tinha 17 anos depois de conhecê-lo através do financista americano Epstein. Em dezembro de 2021, Maxwell foi condenada por recrutar e aliciar menores para abuso sexual por parte de Epstein, expondo um mundo dramático de tráfico sexual entre ricos e poderosos. Além de Londres, Giuffre também disse que Andrew a assediou na casa de Epstein em Nova York e na ilha particular de Epstein nas Ilhas Virgens Americanas. Pela lei dos Estados Unidos, com essa idade ainda é considerada criança, por isso se enquadra na Lei Vítimas Infantis de Nova York. Andrew, o segundo filho da rainha Elizabeth II, se retirou da vida pública como membro da realeza em 2019, depois de uma entrevista da BBC amplamente criticada, na qual ele tentou se justificar da acusação.
*Com informações da AFP e Reuters