PSB aguarda pesquisa para definir federação com PT, mas acredita que França tem mais chance que Haddad no 2º turno

Márcio França só sairá de cena caso Fernando Haddad performe melhor em pesquisa de segundo turno

O Estado de São Paulo tem sido um dos maiores entraves para as negociações do PTPSBPCdoB e PV para a formação de uma federação partidária. De um lado, o Partido dos Trabalhadores lançou o ex-prefeito da capital Fernando Haddad como pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes. Do outro, Márcio França já se apresenta como o nome escolhido pelo PSB para a disputa do governo do Estado. Para solucionar o imbróglio, o ex-governador teria sugerido à presidente do PT, Gleisi Hoffmann, a realização de uma pesquisa para avaliar qual postulante tem mais chance em um eventual segundo turno. Interlocutores de França afirmam que a cúpula do PT já aceitou, mas falta um aval de Haddad. França, por sua vez, teria condicionado a sua desistência a um resultado positivo de Haddad no pleito. Sem isso, ele não abrirá mão de sua candidatura.

“Marcio é pré-candidato a governo de São Paulo e provavelmente nada mudará isso. O único cenário que pode mudar isso é se o Haddad e o PT aceitarem a realização da pesquisa”, assegurou um dos atores envolvidos nas discussões. Segundo ele, a sugestão do ex-governador visa tornar a escolha “mais lógica” e estabelecer um “critério”. Ele acredita que tanto Haddad quanto França estará no segundo turno. A questão é: qual dos dois seria capaz de bater Rodrigo Garcia (PSDB), candidato do governador João Doria, ou Tarcísio de Freitas, apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL)? O entorno de França avalia que o membro do PSB tem mais chance em São Paulo, um Estado “tradicionalmente conservador”, que geralmente busca no PSDB os seus governantes. A resposta só será dada depois que as siglas encomendarem as pesquisas. França só sairá de cena se o PT aceitar, de fato, fazer o levantamento e se o seu nome aparecer em desvantagem em relação ao de Haddad. Apesar disso, a expectativa para que a federação vingue é baixa. No PSB, a visão é que o dispositivo dificilmente avançara pela sua complexidade. “Vai além dessa eleição, envolve também a eleição de prefeito daqui a dois anos. Pode até ser que ela dê certo, mas, em princípio, eu acho pouco provável”, finalizou o interlocutor à Jovem Pan.


Fonte: Jovem Pan

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