Depois do jantar em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin se reuniram publicamente pela primeira vez desde o início das tratativas para a composição de uma possível chapa presidencial para as eleições de outubro de 2022, o petista se encontrou com a cúpula do PSB na segunda-feira, 20, para falar sobre a aliança no ano eleitoral. A legenda, presidida por Carlos Siqueira, é cotada para receber o ex-tucano, que deixou o PSDB na última semana, mas faz algumas exigências ao PT para selar um acordo. Segundo relatos feitos à Jovem Pan, não houve avanço nas negociações.
De forma reservada, pessebistas afirmam que há espaço para negociações mais maleáveis, mas a cúpula da legenda espera ter o apoio dos petistas em seis Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Pernambuco e Acre. O caso paulista é o mais complicado. No maior colégio eleitoral do país, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e o ex-governador Márcio França (PSB) são postulantes ao cargo de governador. O entorno de França espera que Haddad abra mão da candidatura e dispute o Senado, mas a ideia é rechaçada pelo núcleo duro petista. Segundo pesquisa Datafolha divulgada no sábado, 18, com 28% das intenções de voto, o petista lidera a corrida pelo Palácio dos Bandeirantes no cenário em que Alckmin não está na disputa. Na simulação que não considera o ex-tucano e o ex-prefeito, o representante do PSB aparece na primeira colocação, também com 28%.
Fonte: Jovem Pan