O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira, 30, ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que uma nova série de sanções aplicadas à Moscou por causa das tensões na Ucrânia, poderiam levar ao fim das relações entre as duas potências globais. A afirmação foi feita durante conversa por telefone entre os dois chefes de Estado, que foi realizada hoje. “Tudo isso pode levar a uma total ruptura de relações entre nossos paÃses. Representaria um grave abalo nas relações entre a Rússia e o Ocidente”, disse Putin, segundo revelou o assessor internacional de Putin, Yuri Ushakov. A declaração foi uma reação “imediata” ao momento em que Biden afirmou que, a manutenção da escalada de tensão na fronteira entre os territórios russo e ucraniano levaria a “sanções de grande escala, por via econômica, financeira e militar”.
“Erros como esse foram cometidos não poucas vezes nos últimos 30 anos. Por isso, seria desejável não cometer tais erros, dada a situação”, disse Putin. O presidente da Rússia, que no último dia 7 realizou uma reunião virtual de cúpula com Biden, também garantiu inúmeras vezes que Moscou se comportará como se Washington se comportaria, caso houvesse “armamento ofensivo próximo à s fronteiras americanas”. Putin se referiu à linha vermelha do acesso à Ucrânia na Otan, que viria acompanhado do deslocamento a 500 quilômetros de Moscou de armamento que ameaçaria a segurança do território russo. Segundo o assessor internacional do Kremlin, Biden garantiu ao presidente da Rússia que os EUA não têm intenção de utilizar armamento de guerra na Ucrânia, que acusou o paÃs vizinho de planejar uma invasão para o inÃcio de 2022.
Ushakov afirmou que o governo russo está satisfeito com a conversa de aproximadamente 50 minutos, que foi classificada como “construtiva” e “concreta”. O assunto exclusivo, segundo o representante do governo russo foram as garantias de segurança que Moscou pediu por escrito aos Estados Unidos e Otan, para que haja um rebaixamento de tensões entre as partes. Ushakov disse que a Rússia está disposta a atender as reivindicações dos EUA e dos paÃses que integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte, mas lembrou que, para o Kremlin, “o importante não é o compromisso, mas sim as garantias de segurança solicitadas”.
Fonte: Jovem Pan