Putin presenteia Merkel com flores e discute situação do Talibã com Alemanha

Líderes mundiais se encontraram para discutir situação no Talibã nesta sexta

O presidente da Rússia, Vladmir Putin, levou flores a um encontro diplomático oficial com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, no Kremlin nesta sexta-feira, 20. Após a conversa, a dupla deu uma entrevista coletiva conjunta no palácio. Nela, ambos falaram sobre a necessidade de diálogo com o Talibã para “salvar vidas” no país. “Agora será necessário dialogar com os talibãs e tentar salvar aqueles cuja vida está ameaçada, para que possam abandonar o país. Os talibãs receberam mais apoio do que gostaríamos”, disse a governante em entrevista coletiva conjunta no Kremlin. Merkel insistiu que a prioridade de seu governo é ajudar aqueles que cooperaram com a Alemanha durante 20 anos de operações da Otan no país centro-asiático. “Vamos dar refúgio a eles na Alemanha e tirar o maior número de pessoas possível nos próximos dias”, anunciou.

A chanceler recordou também os acontecimentos de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, que levaram ao início da luta contra o terrorismo e da operação aliada no solo afegão. “A situação com o terrorismo no Afeganistão tem piorado desde então. Mas a comunidade internacional deve combater o renascimento do terrorismo”, argumentou. Entretanto, Putin pediu a prevenção da desintegração do Estado afegão após a chegada dos talibãs ao poder, mas advertiu contra a interferência externa. “O movimento talibã controla hoje em dia praticamente todo o território do país, incluindo a capital. Esta é a realidade. E devemos começar por aí, sem permitir, sem dúvida, a desintegração do Estado afegão”, declarou. Putin criticou o que ele considerou como uma “imposição de valores democráticos do Ocidente” aos afegãos e considerou a política usada no país até hoje como “irresponsável”. Ele lembrou da invasão soviética do Afeganistão ao longo da década de 1980 para afirmar que sabe “em primeira mão” como pode ser danoso impor qualquer sistema político a um país estrangeiro. Ele pediu, ainda, que os EUA e a União Europeia juntassem forças para enviar ajuda humanitária ao país.


Fonte: Jovem Pan

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