Queiroga descarta medidas de restrição: ‘População não adere a lockdown’

Ministro deu primeira entrevista coletiva após ser empossado

Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 24, o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que medidas de restrição severas, como o lockdown, não devem ser uma prática adotada em âmbito federal. “Quem quer o lockdown? Ninguém quer lockdown. O que nós temos, de um ponto de vista prático, é adotar medidas sanitárias eficientes que evitem lockdown. Até porque a população não adere ao lockdown. Vamos aqui: a vacina é importante, mas o uso de máscaras é fundamental, precisamos usar máscaras, precisamos manter um certo distanciamento. Então, vamos buscar uma maneira de disciplinar essa movimentação social, esse distanciamento, para que se evite a figura do lockdown e tenhamos políticas eficientes”, afirmou. Para buscar essas políticas, o ministro pregou o diálogo entre as pastas do governo. Ele citou a criação do comitê de crise da pandemia como um espaço de diálogo para decidir sobre as medidas adotadas no futuro e se comprometeu a visitar hospitais do país para analisar condições e possíveis pontos de melhoria.

Questionado sobre uma possível perda de credibilidade do governo federal com a mudança na forma de computar as mortes pela Covid-19 no país, Queiroga pontuou que o compromisso da pasta é com a transparência e que os dados serão colocados “de maneira clara” nas plataformas da Saúde tanto em relação a óbitos, quanto em relação à disponibilidade de leitos e quantidade de pessoas diagnosticadas. Ele garantiu que as medidas implementadas nesta quarta-feira não foram feitas a mando dele e ficou impaciente diante de perguntas sobre uma possível estratégia para maquiar as mortes d Covid-19 com essa mudança. “Não sou maquiador, sou médico, minha função não é maquiagem, minha função é salvar vidas”, disse. Ao fim da coletiva, Queiroga prometeu analisar a mudança e divulgar uma nota esclarecida sobre o assunto em breve. “Vamos fazer essas questões de maneira muito transparente para que a sociedade brasileira tenha confiança no Estado brasileiro”, afirmou.


Fonte: Jovem Pan

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