Nas últimas semanas, o nome de Danilo Gentili tem deixado de circular entre as notícias de entretenimento para estampar manchetes relativas à política – nelas, o comediante é divulgado como um possível candidato à Presidência em 2022. Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 23, o humorista Rafinha Bastos analisou a possibilidade de Gentili ocupar a principal cadeira do Executivo. “Acho inteligente da parte dele e de Luciano Huck lançarem essas explanações, mas acredito que tudo isso não passa de uma estratégia de marketing”, disse. Para Rafinha, são baixas as chances de Danilo Gentili se candidatar à Presidência. “Seria uma loucura se meter com política – a não ser que um dia ele se deitou, acordou e pensou: ‘Eu quero mudar o Brasil’. Quando a água bater na bunda de Danilo e Huck, eles vão fugir. Na minha visão, tudo isso é marketing e o MBL está caindo na jogada como um patinho. Se Gentili for inteligente, ainda faz um documentário e ganha dinheiro expondo o MBL.”
Nascida como uma brincadeira nas redes sociais, a hipotética candidatura do polêmico humorista passou a ganhar contornos reais no início deste mês, com a divulgação de uma pesquisa encomendada pelo Movimento Brasil Livre (MBL) que aponta que Danilo Gentili aparece em terceiro lugar na disputa presidencial – atrás de Lula e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e empatado com Luciano Huck, João Doria, Ciro Gomes e Luiz Henrique Mandetta. Questionado sobre em quem votaria em um eventual segundo turno disputado por Gentili e Bolsonaro, Rafinha Bastos respondeu prontamente. “Entre Hitler e Bolsonaro, votaria em Hitler para não reelegê-lo. Portanto, considerando estes nomes, votaria no Gentili feliz da vida”, afirmou em tom de brincadeira.
Mantendo as críticas ao presidente, o comediante ponderou sobre a condução da pandemia de Covid-19 no Brasil. “Vivemos no momento em que qualquer esperança é válida. O lockdown já nos deu inúmeras provas de que traz resultados efetivos para conter a disseminação do vírus. Portanto, negar o isolamento social é uma loucura. Já a desconfiança da população com as vacinas é compreensível, mas também há uma série de levantamentos que comprovam a eficácia dos imunizantes. O Brasil precisa incentivar a vacinação e, digo mais: se João Doria não tivesse agilizado com a CoronaVac, Bolsonaro não teria movido o rabo para nada. Mesmo quem não gosta de Doria precisa dar esse crédito a ele. Se não fosse pelo governador, não teríamos vacinado nenhum velho até hoje”, concluiu. Segundo o último levantamento divulgado pelas secretarias estaduais de Saúde nesta quinta-feira, 22, até o momento, 27.945.152 pessoas receberam pelo menos uma dose de vacina contra o coronavírus, o equivalente a 13,2% da população brasileira.
Confira a entrevista com o humorista Rafinha Bastos:
Fonte: Jovem Pan