Reabertura de fronteiras para os EUA ajuda agência de intercâmbio a superar crise

EUA anunciaram que, em novembro, vão suspender todas as restrições de entrada no país

Diante de um cenário de desaquecimento da economia, alta do dólar, isolamento social, fechamento de fronteiras para brasileiros e a crise no setor aéreo, uma agência de intercâmbio esportivo de São Paulo trabalhou para não fechar as portas. A empresa chegou a enviar para fora do país 200 jovens para estudar e praticar esportes em 2019, mas durante a pandemia embarcou apenas seis clientes. Para otimizar a operação, foi preciso reestruturar todo o setor financeiro e renegociar com clientes e fornecedores. Um dos sócios da empresa, Igor Bolanho, conta que ligou para os concorrentes, para todos se ajudarem a superar a crise. “Praticamente toda semana a gente fazia videochamadas com nossos concorrentes de São Paulo, de Campinas, e trocava ideia, conversava, via o que estava dando certo e aplicava, para crescermos juntos. A gente sabia que se ao invés de enfrentar a pandemia a gente continuasse enfrentando uns aos outros ninguém iria sobreviver”, conta.

Depois de muitos obstáculos, o segundo semestre de 2021 começou com uma sinalização de melhora para o setor, com a abertura das fronteiras, principalmente dos EUA. O estudante de 26 anos Gabriel Tocuda representa essa retomada de fôlego. Em janeiro deste ano, ele teria embarcado para a California para estudar com uma bolsa de 70% e faria parte do time de futebol da universidade. Com as fronteiras fechadas, a viagem precisou ser adiada. Até o embarque, Gabriel vai se capitalizar trabalhando numa clínica particular de exames e consultas em São Paulo. Ele conta que está realizando dois sonhos em uma única oportunidade. Estudar fora do Brasil e jogar futebol. “Eu sempre tive o sonho de jogar futebol e me profissionalizar, mas infelizmente acabou não dando certo. Hoje, eu tento conciliar isso com o intercâmbio esportivo”, diz. Os EUA anunciaram nesta semana que, em novembro, vão suspender as restrições de entrada no país.


Fonte: Jovem Pan

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