Recém-empossado, o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) não deve assumir o cargo de líder do governo Bolsonaro no Senado. A avaliação foi feita à Jovem Pan por três integrantes do partido. Suplente do senador Antonio Anastasia, novo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Silveira assumiu o mandato na quarta-feira, 2. Em uma live realizada no último dia 20, o presidente Jair Bolsonaro confirmou a escolha do parlamentar, mas, segundo relatos feitos à reportagem, a pressão interna do PSD, presidido por Gilberto Kassab, influenciou a reviravolta.
Bolsonaro citou Silveira em sua live quando comentava sobre a ferrovia Norte-Sul. “Tarcísio, você é mineiro? Eu também não sou. Você não tem nada contra trem não, né? Está para ser concluída a ferrovia Norte-sul, que nasce lá no Maranhão, Tocantins, Goiás e São Paulo. Você já escolheu um trecho para a gente dar um passeio? Deve ficar pronta no meio do ano. Estou combinado com o Tarcísio, três, quatro dias montado em um trem nessa ferrovia. Talvez março”, disse. “A gente vai convidar a bancada mineira, tem que convidar, né? Vamos convidar todo mundo. Vamos convidar o novo líder do governo que vai assumir agora em fevereiro, o Alexandre Vieira. É isso mesmo?”, questionou. “Silveira”, corrigiu o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.
Como a Jovem Pan mostrou, a escolha de Bolsonaro criou um mal-estar dentro do PSD. Caciques do partido afirmam que é “inconcebível” que a sigla, que se diz independente em relação ao Palácio do Planalto, ocupe a liderança do governo no Senado. Além disso, os parlamentares contrários à ideia defendem que o convite seja rejeitado em respeito ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ainda colocado como pré-candidato à Presidência da República. Com 1% das intenções de voto, o mineiro ainda não decolou nas pesquisas de intenção de voto, mas a postulação é defendida por Gilberto Kassab, presidente nacional da legenda.
Fonte: Jovem Pan