Renan Calheiros critica ‘kit obstrução’ de aliados do governo: ‘Sociedade quer essa CPI’

CPI da Covid vota plano de trabalho na sessão desta quinta-feira, 29

No início da sessão da CPI da Covid-19 desta quinta-feira, 29, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) subiu o tom contra aliados do Palácio do Planalto que integram o colegiado. Um dos vice-líderes do governo do presidente Jair Bolsonaro no Congresso, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) apresentou questão de ordem para que as oitivas de depoentes ocorram de forma presencial. O emedebista reagiu imediatamente, afirmou que a comissão estava diante de “uma evidente obstrução” e destacou que “a sociedade quer essa CPI”.

“Essa comissão era para ter sido instalada em fevereiro. Os senhores não quiseram. Nem o governo. Tivemos que conquistar a instalação no Supremo Tribunal Federal. Até para começar nossos trabalhos, hoje chegaremos a 400 mil mortes. Antes de qualquer coisa, temos que saber o que podemos fazer, o que essa CPI pode fazer, para que a gente atrase esse calendário. Isso é de uma falta de sensibilidade. Querer discutir como será um depoimento que só acontecerá na terça-feira, fazendo com que nós percamos tempo dessa forma? Isso não vai dar bem”, disse Calheiros. Como a Jovem Pan mostrou, a cúpula da comissão definiu, na noite desta quarta-feira, 28, um cronograma inicial de depoimentos. Na terça-feira, 4, devem ser ouvidos os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Um dos principais alvos da CPI, o ex-ministro Eduardo Pazuello, que ficou mais tempo à frente do Ministério da Saúde, será ouvido na quarta-feira, 5. O atual comandante da pasta, Marcelo Queiroga, e o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, serão convocados para prestar esclarecimentos na quinta-feira, 6.


Fonte: Jovem Pan

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