Renan minimiza investigação da PF e diz que prevaricação de Bolsonaro ‘está confirmada’

Renan Calheiros disse que o Supremo já apreciou mais de dois terços das investigações contra ele

O senador Renan Calheiros (MDB) considera que o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de prevaricação no caso da negociação da vacina Covaxin. “Ele não tomou nenhuma providência em função das informações que recebeu. Assumiu que recebeu [os irmãos Miranda], de modo que aquele áudio que foi bastante especulado de que poderia ser apresentado já não tem mais tanta necessidade. A não ser a necessidade de acrescentar alguns nomes à denúncia feita pelo próprio presidente da República”, disse o relator da CPI da Covid-19 em entrevista ao Jornal da Manhã Entrevista, da Jovem Pan News Fortaleza, que vai ao ar neste sábado, 17.  Além do caso da vacina, o político também comentou sobre as investigações da Polícia Federal contra ele. “Era presidente do Congresso Nacional por ocasião da Lava Jato e a força-tarefa tinha como alvo claro o presidente do Congresso Nacional, que era uma espécie de presidente da política. E eles abriram mais de 30 investigações contra mim sem nenhum fato concreto. Dessas mais de 30 investigações, o Supremo já apreciou mais de dois terços delas”, disse.

Calheiros também foi perguntado sobre seu colega de parlamento, Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro, que o chamou de “vagabundo”. O relator da CPI da Covid-19 disse que reagiu às provocações, mas não deveria ter feito. “Não entendi aquilo, porque quando ele e dirigiu a mim fiquei com a impressão que ele estivesse se dirigindo ao Queiroz, ao Adriano da Nóbrega, ao Ronnie Lessa. Quer dizer, porque são essas pessoas que têm convivência com ele. O miliciano costuma chamar de vagabundo todo mundo que o contesta. E o miliciano acho que não é criminoso, que não comete crime”, afirmou. Flávio Bolsonaro protocolou nesta quinta-feira, 15, no Conselho de Ética do Senado Federal uma representação contra Renan Calheiros por abuso de suas prerrogativas constitucionais. Segundo Flávio, o relator montou um “bunker paralelo” para obter informações de forma ilegal. O Conselho de Ética, no entanto, está suspenso desde o ano passado pela pandemia e ainda não há previsão de retorno aos trabalhos.


Fonte: Jovem Pan

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