O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros, anunciou nesta segunda-feira, 16, que pediu à Polícia Federal investigação sobre um suposto vazamento de informações sigilosas pela CPI da Covid-19, no Senado Federal. O deputado usou redes sociais para afirmar que “a imprensa recebeu nos últimos dias dados sigilosos relativos às investigações” e que “trocas de mensagens e áudios sob responsabilidade da comissão basearam reportagens divulgadas no fim de semana”. Segundo ele, “são dois crimes que precisam ser apurados e responsabilizados: o vazamento dos dados sigilosos e o abuso de autoridade”. Barros afirmou ainda que o colegiado “usa uma estratégia covarde para politizar a investigação”, com objetivo de atingir o governo Bolsonaro.
O deputado disse que “criticou duramente a estratégia dos senadores e questionou o motivo de o assunto não ter sido levantado quando ele esteve na CPI”; declarou que “foi à comissão, rebateu todas as acusações com documentos e que está pronto para voltar assim que for chamado”. No comunicado, o parlamentar ainda afirmou que “a narrativa dos senadores da oposição não se sustenta” e, por isso, usam para “a tática criminosa do vazamento para desgastá-lo e causar constrangimento”.
No documento enviado à Polícia Federal , o líder do governo pede que, comprovadas as irregularidades, os senadores ou servidores responsáveis por distribuir material sigiloso sejam condenados à perda do mandato ou cargo público. Ricardo Barros foi ouvido pela CPI na semana passada, como convidado. O objetivo do depoimento era esclarecer suspeitas de ilegalidades no processo de negociação da vacina Covaxin. A sessão, marcada por bate-boca, foi encerrada depois de Barros dizer que os senadores estavam atrapalhando a compra de imunizantes. Depois da audiência, o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), senador Omar Aziz, anunciou que o deputado voltará à comissão como convocado.
*Com informações do repórter Vitor Brown
Fonte: Jovem Pan