O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, pretende manter o valor da tarifa de ônibus na capital paulista em 2022. Em evento público nesta segunda-feira, 27, ele afirmou que vai segurar “o máximo possível” para evitar o reajuste, mas destacou que espera ajuda financeira do governo federal para isso. “A prefeitura de São Paulo, por enquanto, vai segurar até que a gente possa ter uma ação do governo federal. Eu falei com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ele vai colocar o projeto que dá esse auxílio, pelo menos de forma emergencial, em votação em fevereiro. A gente vai fazer todos os esforços para não aumentar. Eu só irei aumentar a tarifa se estivermos em uma situação de colapsar o sistema de transporte”, afirmou. Nunes argumenta que, com o aumento acumulado de 65% do diesel ao longo deste ano, o custo da circulação dos ônibus cresceu. O prefeito também diz que para esse valor extra não ser repassado ao consumidor, seria necessário que a gestão municipal injetasse mais dinheiro.
Por isso, ele espera ajuda do governo federal para o subsídio do transporte público; a expectativa, agora, é que a discussão fique só para fevereiro. Em evento ao lado de Nunes, o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, também disse que a gestão trabalha para não aumentar os valores de entrada no Metrô e na CPTM. “Todo o esforço do governo de São Paulo ao lado do prefeito Ricardo Nunes e dos prefeitos é que a gente possa criar alternativas que permitam com que a gente não impacte diretamente o valor das tarifas para o próximo ano. Não tendo um aumento de tarifa, quem vai bancar é o orçamento próprio do Estado e da prefeitura. Estamos finalizando esses estudos, o Estado é responsável pelo metrô e pela CPTM e nós faremos em conjunto essa decisão de evitar o aumento de tarifa neste momento”, declarou. Atualmente, a tarifa custa R$ 4,40 na capital paulista. Na semana passada, a Secretaria de Transportes de São Paulo e a SPTrans afirmaram que a passagem de ônibus deveria ser reajustada para, no mínimo, R$ 5,10 para corrigir a inflação dos dois últimos anos.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini
Fonte: Jovem Pan