Um boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde na última sexta-feira, 26, com dados acumulados da vacinação contra a Covid-19 no país, mostra que o risco de alguém ser internado e até mesmo morrer por causa da doença é dezenas de vezes maior do que o risco de uma reação adversa às vacinas. Enquanto nos anos de 2020 e 2021, 1.310 a cada 100 mil habitantes foram internados e 288,6 pessoas a cada 100 mil morreram por causa do Sars-Cov-2, 5,1 eventos adversos foram registrados a cada 100 mil doses de vacina contra a doença aplicadas no país. Isso corresponde a um risco 257 vezes maior de alguém ter sido internado por Síndrome Respiratória Aguda Grave e 56,6 vezes maior de ter morrido pela doença do que ter o risco de ocorrência de um evento adverso. De acordo com o documento da Saúde, a maior parte das reações à vacina registradas no Brasil (92%) são eventos adversos não graves, que não comprometem o paciente nem causam riscos de incapacidade permanente ou intervenção clínica.
A ocorrência de reações mais graves foi ainda menor de acordo com o estudo, sendo registrada em 1 entre cada 100 mil pessoas imunizadas. O governo lembrou, ainda, que os eventos adversos pós-vacinação nem sempre estão relacionados à imunização, sendo qualquer ocorrência médica indesejada registrada na mesma janela temporal da aplicação da dose. “Os dados aqui apresentados denotam o excelente perfil de benefício versus risco da vacinação contra a covid-19. Ressalta-se, ainda, que estas são estimativas conservadoras, tendo em vista que parte expressiva dos EAG notificados não possuem qualquer relação causal com a vacinação”, diz trecho do documento. A Saúde também lembrou que além das internações e mortes, a Covid-19 traz outros possíveis riscos à saúde da pessoa infectada, como tromboses venosas, síndromes neurológicas, hemorragias cerebrais, embolia pulmonar e até mesmo infarto.
Fonte: Jovem Pan